エウドラドFMが投票を開始。同局が選ぶ最も歴史的に重要なブラジル音楽とは!?

2013年 08月 11日

tim primeiro lp

8月10日、ブラジルのEldorado FM(エウドラドFM)が、歴史的に最も重要で価値のあるブラジル音楽を選ぶ投票が報じられた。

同局はすでに候補となる50曲を選定、「エスタード・ヂ・サンパウロ」紙のサイト版「エスタダォン」(www.estadao.com.br)にて発表している。サイト上では各曲の一部が試聴できるようになっており、そこから投票できる仕組みになっている(投票は試聴ファイル下の「volar」をクリックする)。

各ネットユーザーが投票ができるのは1曲だけ。投票結果は9月7日に発表されるという。

候補の50曲は下記の通り。

●Tom Jobim/Águas de Março
(アントニオ・カルロス・ジョビン(トン(トム)・ジョビン)/3月の水(雨))
A música foi lançada no “O Pasquim”, em 1972. Ganhou versão definitiva dois anos depois, no “Elis & Tom”. Talvez o som mais representativo da carreira de Tom

●Ataulfo Alves & Mário Lago/Ai, Que Saudades da Amélia
(アタウッフォ・アウヴィス&マリオ・ラーゴ/
アイ、キ、サウダーヂス・ダ・アメリア)
Já foi tachada de machista, mas a música de Ataulfo Alves e Mario Lago mostra apenas um homem que se empenha para reconquistar sua amada

●Caetano Veloso/Alegria, Alegria
(カエターノ・ヴェローゾ/アレグリア、アレグリア)
Caetano Veloso marcou presença na história dos festivais e na fundação da Tropicália. “Alegria, Alegria” é, ao mesmo tempo, atemporal e característica de uma época

●Ary Barroso/Aquarela do Brasil
(アリ・バホーゾ/アクアレーラ・ド・ブラジル(ブラジルの水彩画))
“Aquarela do Brasil” é um samba-exaltação conhecido mundialmente – já foi trilha até de desenho da Disney. Uma das grandes contribuições de Ary Barroso para a MPB.

●Roberto Carlos & Erasmo Carlos/
As Curvas da Estrada de Santos
(ホベルト・カルロス&エラズモ・カルロス/アス・クルヴァス・ダ・エストラーダ・ヂ・サントス(サントス街道のカーブ))
A dupla de compositores mais popular do Brasil brilha em “As Curvas da Estrada de Santos”, uma música sobre desilusão amorosa pré-Anchieta/Imigrantes.

●Cartola/As Rosas Não Falam
(カルトーラ/沈黙のバラ)
Cartola, grande compositor e cantor de sambas tristes, nos deu “As Rosas Não Falam”, hino boêmio sobre um amor perdido. De 1976, já ganhou dezenas de regravações.

●Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira/Asa Branca
(ルイス・ゴンザーガ&ウンベルト・テイシェイラ/アザ・ブランカ)
“Asa Branca” representa o sentimento e o sofrimento dos que vivem com as dificuldades da seca nordestina. O maior baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

●Arnaldo Dias Baptista & Rita Lee/Balada do Louco
(アルナウド・ヂアス・バチスタ&ヒタ・リー/バラーダ・ド・ロウコ)
Ainda nos Mutantes, Arnaldo Baptista e Rita Lee compuseram a música que cairia como uma luva para a trajetória do trio que mudou a história do rock nacional.

●Assis Valente/Brasil Pandeiro
(アッシス・ヴァレンチ/ブラジル・パンデイロ)
Feita para Carmem Miranda, a música teve uma caminhada errante até 1972, quando foi regravada pelos Novos Baianos e caiu nas graças das rádios e do público.

●Waldir Azevedo & Pereira da Costa/Brasileirinho
(ヴァウヂール・アゼヴェード&ペレイラ・ダ・コスタ/ブラジレイリーニョ)
Um das maiores canções do choro, estilo genuinamente brasileiro, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo e Pereira da Costa, é parte importante da nossa música instrumental.

●Vinicius de Moraes & Baden Powell/Canto de Ossanha
(ヴィニシウス・ヂ・モライス&バーデン・パウエル/オサーニャの歌)
Em 1966, Baden Powell e Vinicius de Moraes lançaram o histórico “Os Afro-Sambas de Baden e Vinicius”. E a faixa que mais se destaca é a forte “Canto de Osanha”.

●Pixinguinha & João de Barro/Carinhoso
(ピシンギーニャ&ジョアン・ヂ・バーホ/カリニョーゾ)
Pixinguinha, nome maior do choro, compôs “Carinhoso” como o estilo pedia: instrumental. Anos depois, João de Barro (ou Braguinha), colocou letra, lembrada até hoje.

●Tom Jobim & Vinicius de Moraes/Chega de Saudade
(トン・ジョビン&ヴィニシウス・ヂ・モライス/シェガ・ヂ・サウダーヂ)
O ponta-pé inicial para a Bossa Nova foi “Chega de Saudade”, lançado num compacto por João Gilberto. A composição de Tom e Vinicius abriu caminho para o estilo.

●Noel Rosa/Com Que Roupa?
(ノエウ・ホーザ/コン・キ・ホウパ?(何を着て行けばいい?))
Noel Rosa falou sobre política, favela e diversos outros assuntos. Mas “Com que Roupa?” é um marco no sentido de ser simples, popular e divertida.

●Belchior/Como Nossos Pais
(ベウキオール/コモ・ノッソス・パイス)
Elis resolveu abrir seu disco “Falso Brilhante”, de 1976, com duas composições de um cearense chamado Belchior. “Como Nossos Pais” é uma delas, vibrante e inesquecível.

●Lulu Santos & Nelson Motta/Como Uma Onda
(ルル・サントス&ネウソン・モッタ/コモ・ウマ・オンダ)
O pop brasileiro fervia nos anos 1980, com uma cena repleta de novos nomes. Um deles era Lulu Santos, que contou com a ajuda de Nelson Motta para compor “Como uma Onda”.

●Chico Buarque/Construção
(シコ・ブアルキ/コンストルサォン)
Um clássico em versos proparoxítonos lançado no disco de mesmo nome, em 1971. Nele, a vida vale menos do que o tráfego, o público e o sábado.

●Tom Jobim & Newton Mendonça/Desafinado
(トン・ジョビン&ニュートン・メンドンサ/デザフィナード(ヂザフィナード))
Outra canção que fez parte das bases da Bossa Nova, ao ganhar vida na afinada e pequena voz de João Giberto. Lançada em 1979, a música se tornou um hino contra a ditadura brasileira e tem uma gravação antológica na voz de Elis Regina.

●Roberto Carlos & Erasmo Carlos/Detalhes
(ホベルト・カルロス&エラズモ・カルロス/デターリェス)
Considerada a música da virada de Roberto Carlos: ele deixava o iê-iê-iê para trás para chamar a atenção de um público mais adulto. Outro golaço e Roberto e Erasmo.

●Geraldo Vandré & Theo de Barros/Disparada
(ジェラウド・ヴァンドレー&テオ・ヂ・バホス/ヂスパラーダ)
“Disparada” é de Geraldo Vandré e Theo de Barros. Foi defendida por Jair Rodrigues no II Festival da MPB, em 1966. Ganhou, empatando com “A Banda”, de Chico Buarque.

●Zé Kéti & Hortênsio Rocha/Diz Que Fui Por Aí
(ゼー・ケチ&オルテンシオ・ホッシャ/ヂス・キ・フイ・ポル・アイ)
A composição foi eternizada na voz de Nara Leão, mas teve outras dezenas de gravações.

●Gilberto Gil/Domingo no Parque
(ジルベルト・ジル(ジウベルト・ジウ)/日曜日の公園で)
A Tropicália teve diversos hinos. Um deles, grandioso, orquestral e impactante, foi “Domingo no Parque”, defendido por Gilberto Gil e Os Mutantes no III Festival da MPB.

●Tom Jobim & Vinicius de Moraes/Eu Sei Que Vou Te Amar
(トン・ジョビン&ヴィニシウス・ヂ・モライス/あなたを愛してしまう)
A dupla Tom e Vinicius compôs uma das maiores canções de amor em português, “Eu Sei que vou te Amar”. Simples e, ao mesmo tempo, profunda, tem dezenas de regravações.

●Chico Buarque & Tom Jobim/Eu Te amo
(シコ・ブアルキ&トン・ジョビン/エウ・チ・アモ)
Tom Jobim e Chico Buarque mostram que uma canção sobre a perda pode ser tão ou mais bela do que sobre o amor conquistado. “Eu Te Amo” é obra de gênios.

●Paulinho da Viola/Foi um Rio Que Passou Em Minha Vida
(パウリーニョ・ダ・ヴィオラ/フォイ・ウン・ヒオ・キ・パッソウ・エン・ミーニャ・ヴィーダ)
Composta em uma época em que os sambas-enredo eram feitos de canções, Paulinho da Viola deixou claro o seu amor pela Portela com “Foi um rio que passou em minha vida”.

●Nelson Cavaquinho & Guilherme de Brito/Folhas Secas
(ネウソン・カヴァキーニョ&ギリェルミ・ヂ・ブリト/フォーリャス・セッカス)
A maior parceria da dupla Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, que, juntos, fizeram também “A Flor e o Espinho”, e “Pranto de Poeta”. Imortalizada na voz de Elis Regina.

●Tom Jobim & Vinicius de Moraes/Garota de Ipanema
(トン・ジョビン&ヴィニシウス・ヂ・モライス/イパネマの娘)
É considerada a segunda música mais tocada no mundo, atrás somente de “Yesterday”, dos Beatles. Tom e Vinicius a fizeram em 1962.

●Roberto Frejat & Cazuza/Ideologia
(ホベルト・フレジャ&カズーザ/イデオロジーア)
Faixa título do álbum solo de Cazuza lançado em 1988. Foi considerada a música do ano, e traz uma poesia mais crítica e ácida, na medida em que a doença do cantor evoluía.

●Luiz Bonfá & Antônio Maria/Manhã de Carnaval
(ルイス・ボンファ&アントニオ・マリア/カーニバルの朝)
Gravada na trilha do filem “Orfeu Negro” em 1959, a música foi responsável por tornar conhecido o trabalho de Bonfá no Brasil e no mundo.

●Rita Lee & Roberto de Carvalho/Mania de Você
(ヒタ・リー&ホベルト・ヂ・カルヴァーリョ/マニア・ヂ・ヴォセ)
Música do primeiro disco da parceria Lee / Carvalho. O trabalho da dupla se consagrou como popular, inteligente e sofisticado ao mesmo tempo.

●Dorival Caymmi/Marina
(ドリヴァウ・カイーミ/マリーナ)
Lançada por Caymmi em 1947 e regravada por dezenas de intérpretes, marca a fase samba-canção do compositor baiano.

●Jorge Ben/Mas que nada
(ジョルジ・ベン/マシュケナダ)
Lançada em 1963, a música inaugurou uma nova batida, diferente do samba tradicional e da bossa-nova. Foi um grande sucesso no Brasil e no exterior.

●João Bosco & Aldir Blanc/O Bêbado e a Equilibrista
(ジョアン・ボスコ&アウヂール・ブランキ/酔っぱらいと綱渡り芸人)
Lançada em 1979, a música se tornou um hino contra a ditadura brasileira e tem uma gravação antológica na voz de Elis Regina.

●Dorival Caymmi/O Que é que a Baiana Tem?
(ドリヴァウ・カイーミ/オ・キ・エ・キ・ア・バイアーナ・テン?)
Feita em 1939 por Dorival Caymmi, a música ficou muito conhecida na voz de Carmem Miranda e ajudou a divulgar o Brasil no exterior.

●Chico Buarque/O Que Será
(シコ・ブアルキ/オ・キ・セラ?)
Feita em 1976 para o filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, a música tem três versões distintas. Na gravação da versão “A Flor da Terra”, Chico faz dueto com Milton Nascimento.

●Lô Borges & Ronaldo Bastos/O trem azul
(ロー・ボルジェス&ホナウド・バストス/オ・トレン・アズウ)
Música que faz parte do “movimento musical” mineiro Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento, e com grande participação dos irmãos Borges.

●Herbert Vianna/Óculos
(エルヴェルト・ヴィアンナ/オクロス)
Lançada em 1984 pelos Paralamas do Sucesso, no disco O Passo do Lui, trabalhou que definiu o rock original da banda muito influenciado pelo Dub e sons caribenhos.

●Raul Seixas/Ouro de Tolo
(ハウウ(ハウル)・セイシャス/オウロ・ヂ・トロ)
Lançada em 1973, a música é uma crítica aos valores da Classe Média na época da Ditadura, e foi um sucesso imediato.

●Jorge Ben/País Tropical
(ジョルジ・ベン/パイース・トロピカウ)
Música de Jorge Ben, lançada por Wilson Simonal em 1969, que se tornou o maior sucesso do cantor. Depois disso, foi regravada dezenas de vezes, inclusive pelo próprio autor.

●Luiz Melodia/Pérola Negra
(ルイス・メロジーア/ペロラ・ネグラ)
Lançada por Gal Costa no álbum Fa-Tal (A todo vapor), a música levou Luiz Melodia a gravar seu primeiro disco, em 1973.

●Geraldo Vandré/Pra não dizer que não falei das flores
(ジェラウド・ヴァンドレー/プラ・ナォン・ヂゼール・キ・ナォン・ファレイ・ダス・フローリス)
Geraldo lançou cantou a música em 1968, no III Festival Internacional da Canção. A música se tornou um hino de resistência à ditadura militar.

●Silvio Rochael & Cassiano/Primavera
(シウヴィオ・ホシャエウ&カシアーノ/プリマヴェーラ)
Música gravada no primeiro álbum de Tim Maia, e um dos maiores sucessos do cantor. Sucesso de público e crítica.

●Paulo Vanzolini/Ronda
(パウロ・ヴァンソリーニ/ホンダ)
Música foi feita em 1951 e gravada pela originalmente em 1953, pelo cantor Bola Sete. Belas gravações de Inezita Barroso, Márcia, Jair Rodrigues, Ângela Maria e Maria Bethânia.

●Marcos Valle & Paulo Sergio Valle/Samba de Verão
(マルコス・ヴァーリ&パウロ・セルヒオ・ヴァーリ/サマー・サンバ)
Composição da segunda geração da bossa nova, que se tornou um grande sucesso no Brasil e nos Estados Unidos.

●Caetano Veloso/Sampa
(カエターノ・ヴェローゾ/サンパ)
A homenagem de Caetano à cidade de São Paulo e sua relação com ela. Lançada por ele em 1978.

●João Ricardo & Paulinho Mendonça/Sangue Latino
(ジョアン・ヒカルド&パウリーニョ・メンドンサ/サンギ・ラチーノ)
Do primeiro álbum da banda Secos e Molhados, lançado em 1973. A banda se tornou uma sensação nacional por suas performances, figurino, maquiagem e repertório.

●Vinicius de Moraes & Toquinho/Tarde em Itapoã
(ヴィニシウス・ヂ・モライス&トッキーニョ/イタポアンの午後)
Toquinho diz que Vinicius daria o poema para Caymmi musicar, mas ele saiu na frente e acabou convencendo o poeta.

●Zequinha de Abreu & Aloysio Oliveira/Tico-Tico no Fubá
(ゼキーニャ・ヂ・アブレウ&アロイージオ・オリヴェイラ/チコ・チコ・ノ・フバー)
Carmem Miranda tornou esse choro conhecido no mundo todo. Foi gravada também por Ademilde Fonseca, Ray Conniff e em 2009 por Daniela Mercury.

●Milton Nascimento & Fernando Brant/Travessia
(ミウトン(ミルトン)・ナシメント&フェルナンド・ブラン/トラヴェシア)
Faixa título do primeiro álbum de Milton Nascimento, no qual ele é acompanhado pelo Tamba Trio, lançado em 1967.

●Adoniran Barbosa/Trem das Onze
(アドニラン・バルボーザ/11時の汽車)
A música já foi eleita a mais representativa de São Paulo. Gravada originalmente pelo autor em 1951, a canção se tornou conhecida na versão do grupo Demônios da Garoa.

50曲の候補が掲載されている「エスタダォン」のリンクは下記。アイコンの写真は曲の作者になっているため、歌っている歌手のものではないものもある。

http://www.estadao.com.br/especiais/qual-e-o-maior-classico-de-todos-os-tempos,208358.htm?fb_action_ids=10201866219245366&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210201866219245366%22%3A151683095034108%7D&action_type_map=%7B%2210201866219245366%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

(写真・文/麻生雅人)
写真は候補50曲に選出されているTim Maiaチン・マイア「Primavera プリマヴェーラ」(作者シウヴィオ・ホシャエウ&カシアーノ)が収録されているチン・マイアのレコード「チン・マイア」(1970年発売)